Os ciclopes eram gigantes primordiais nascidos de Gaia, à Terra. Estes monstros possuíam grande força e ferocidade, com um único olho arqueado e protuberante em sua testa.
Essas criaturas sem qualquer noção de leis, não plantavam, nem trabalhavam para seu sustento, no geral se alimentavam de humanos, andavam em bandos e moravam em cavernas para proteger seu único olho.
Diz a lenda mitológica que Urano, patrono do universo e pai dos ciclopes, teve medo do extremo poder dos filhos.
Assim, em um ato de loucura lançou estas criaturas no submundo, junto com os seus irmãos Titãs. Os ciclopes foram confinados ao mundo inferior e guardavam muita raiva de Urano.
A liberdade só chegou para os ciclopes quando os deuses do Olimpo subiram ao poder, a comando de Zeus. Neste contexto, Zeus precisava do apoio dos ciclopes na guerra contra os Titãs.
Como gratidão, os ciclopes presentearam Zeus com o trovão e o relâmpago. Pelos próximos tempos, eles então trabalharam como ajudantes de Hefesto sob o vulcão do Etna, fazendo relâmpagos para Zeus, mas foram mortos por Apolo em uma vingança a Zeus pelo assassinato de seu filho Aclepius.
O ciclope mais famoso da história foi Polifemo, um gigante aterrorizante com voz grave e penetrante.
A história conta que Polifemo foi morto pelo famoso herói e guerreiro grego Odisseu, após este herói ficar preso na caverna dos ciclopes junto com a sua tribulação. Odisseu era muito esperto e montou um plano para cegar Polifemo e fugir ileso daquela caverna.
O mito do ciclope
Odisseu era um guerreio grego que navegava os sete mares com a sua tripulação de 20 homens. O navio de Odisseu era forte e robusto, tendo enfrentado as criaturas mais temidas da Terra. Em uma noite de forte tempestade, o navio de Odisseu bateu em uma rocha imensa e abriu a entrada de uma caverna secreta.
– Tribulação! Estamos em terra desconhecida! Ficar a postos! – Gritou Odisseu para os seus homens.
A gruta era escura e sombria, com um vento que chamavam os homens de Odisseu para o seu fim.
O navio chegou até a área onde a água do mar batia e a entrada secreta se fechou antes mesmo que aqueles homens pensassem em voltar pelo mesmo caminho.
Mais que depressa uma fumaça branca tomou toda a área da caverna, fazendo com que Odisseu e sua tripulação adormecesse. Eles acordaram acorrentados, ao pé da mesa de criaturas que pareciam gigantes e tinham apenas um olho no meio da testa: eram os ciclopes.
Aqueles monstros terríveis bloqueavam a fuga dos seus prisioneiros e escolhiam a melhor carne humana para devorar dia após dia. O chefe e mais poderoso ciclope era Polifemo, o maior gigante daquela caverna horrenda, com uma voz grave e tenebrosa.
Odisseu sabia que se não fizessem nada poderiam morrer ali, devorados pelos ciclopes. Sendo conhecido por sua astúcia, Odisseu arquitetou um plano para escapar.
Odisseu sempre levava uma pequena faca feita de chumbo no cinto das suas vestes e foi capaz de se soltar das correntes e correr até o navio, sem que os ciclopes percebessem.
Quando voltou do navio, Odisseu trazia um barril de vinho e o ofereceu a Polifemo. O ciclope se entregou àquele agrado e logo estava muito bêbado. Sentindo-se alegre, Polifemo pergunta a Odisseu o seu nome dele. De maneira muito esperta, Odisseu respondeu:
– Meu nome é “ninguém”!
Quando Polifemo finalmente adormeceu devido à embriaguez com o vinho, Odisseu soltou os seus homens. Logo em seguida e em um golpe certeiro consegui, Odisseu foi capaz de cegar aquele ciclope terrível com a sua faca de chumbo. Polifemo acordou enfurecido e gritando para os outros ciclopes da caverna:
– Ninguém me cegou!!! Procurem esse terrível humano!
Em uma corrida angustiante, Odisseu e seus homens tentaram escapar da caverna do monstro. Aproveitando que Polifemo não consegui ver e que os outros ciclopes ainda estavam longe, Odisseu e sua tribulação escondiam-se entre as pedras, ao mesmo tempo que deixavam pedras no caminho para Polifemo tropeçar.
Ao chegarem no navio, Odisseu ordenou aos seus homens que mudassem a direção dos ventos e seguissem navegando por um pequeno rio dentro da caverna. Ao longe avistou uma saída para o mar e finalmente conseguiram fugir dos ciclopes.
Polifemo continuou cego, mas a esperteza de Odisseu fez nascer no coração daquele ciclope ainda mais ódio e rancor. E por todos os séculos que se seguiram, Polifemo foi o ciclope mais terrível daquela caverna.
Curiosidades sobre o Ciclope da mitologia Grega
Uma curiosidade acerca do ciclope mais famoso diz a respeito da sua filiação. A mitologia é quase unânime ao apontar Gaia como a mãe de Polifemo, mas a sua paternidade não é concisa na literatura.
Alguns textos apontam Posseidon, o deus dos mares, como o pai de Polifemo. Conta a lenda grega que após cegar o ciclope Polifemo, Odisseu despertou a ira de Posseidon.
Por isso, Odisseu, que era navegante, foi atormentado durante anos pela ira de Posseidon. Outros relatos ainda apresentam a ninfa Teosa como mãe de Polifemo, fruto da sua relação com Posseidon.
Outra curiosidade acerca dos ciclopes é o seu papel no armamento dos deuses do Olimpo. Alguns contos mitológicos revelam que os ciclopes forjavam diversas armas para os deuses do Olimpo: como os raios e relâmpagos para Zeus, um tridente para Posseidon e um elmo de invisibilidade para Hades.
O que eram os ciclopes?
Gigantes criaturas com um único olho no centro da testa.
Qual era a profissão deles?
Os ciclopes eram ferreiros e trabalham construindo armas para os deuses.
Porque eram temidos?
Eram criaturas descontroladas que caçavam humanos para se alimentar, e isso causava panico nas pessoas.
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