Esta é a história da condessa húngara da famosa família Báthory. Ela entrou para a história sob a suspeita de uma série de crimes hediondos e cruéis, relacionados ao seu fascínio pela beleza.
Como resultado, ela foi chamada de "Condessa Sangrenta", E "Condessa Drácula". Seu nome em húngaro é Báthory Erzsébet de Alžbeta Bátoriová na Eslováquia. Em português, a condessa se chama Isabel ou Elisabete Báthory.
Um de seus ancestrais é Vlad Tepes, "O Empalador".
Isabel Báthory passou a maior parte de sua vida adulta no Castelo Csejte (localizado no Castelo Csejte, Eslováquia) na região de Trenčín, no oeste da Eslováquia. Báthory é uma das famílias mais antigas e nobres da Hungria.
Ela é filha do Barão Báthory György (Báthory György), irmão do Príncipe Andras, Príncipe da Transilvânia. A mãe de Isabel é originária do ramo Somlýo da família.
Isabel cresceu quando os turcos conquistaram a maior parte do território da Hungria, que era um campo de batalha entre o exército otomano e a Áustria dos Habsburgos.
A área também é dividida por diferenças religiosas. A família Batori aderiu à nova onda de protestantismo contra o catolicismo romano tradicional.
Ela cresceu na propriedade da família em Ecsed, na Transilvânia. Quando criança, ela sofreu vários ataques provocadas por epilepsia.
Estes foram acompanhados por forte ódio e comportamento incontrolável. Esta doença foi provavelmente causada pela consanguinidade de seus pais.
Na época, um dos tratamentos para a epilepsia era passar sangue humano saudável nos lábios do paciente ou usar uma mistura de sangue humano saudável e partes de ossos no final da crise.
Isso levou as pessoas a especularem que a motivação por trás dos assassinatos de Isabel foi a busca de uma cura para sua doença, mas não há evidências definitivas para apoiar essa teoria.
Outra teoria que tenta explicar o comportamento cruel de Isabel é baseada na crueldade de sua própria família que acabou afetando-a.
Há várias histórias afirmando que Isabel testemunhou o castigo cruel imposto por sua família, estes ensinaram a jovem Isabel como praticar rituais satânicos e feitiçaria. Novamente, não há evidência definitiva para provar isso.
Em 1571, o seu tio Estêvão Báthory tornou-se príncipe da Transilvânia e ascendeu ao trono da Polónia durante os dez anos seguintes.
Ele foi um dos regentes mais competentes da época, embora seu plano de unificar a Europa e os turcos tenha fracassado devido à necessidade de lutar contra o cobiçado czar Ivan, o Terrível.
Extremamente vaidosa e bela, Isabel foi noiva do conde Ferenc Nadasti aos onze anos e morava no castelo Nadasti em Salva. Em 1574, quando tinha apenas 14 anos, engravidou de um fazendeiro.
Quando seu estado se tornou visível, ela se escondeu até que o bebê chegasse: a criança seria uma menina chamada Anastasia, que foi então entregue para uma dupla de fazendeiros, eles foram pagos pela família Báthory, para fugir do reino com o bastardo.
O casamento com Ferenc ocorreu em maio de 1575. Como o status social de Isabel é superior ao do marido, ela se recusou a mudar o sobrenome por causa disso foi seu marido que teve de mudar de nome.
Quando o casal trocou alianças, Isabel tinha 15 anos e Ferenc 19. A cerimônia foi realizada em 8 de maio de 1575 no Palácio Vranov em Topu, e um total de 4.500 convidados compareceram.
Em 1578, o conde Nadasdy tornou-se comandante-chefe do exército húngaro e o levou à guerra com os otomanos, o que o levou a deixar sua cidade natal por um longo tempo.
Nesse meio tempo, Isabel assumia os deveres de cuidar dos assuntos do castelo da família Nadasdy.
Foi a partir daí que, com a formação de um grande número de funcionários (principalmente moças), começaram a surgir suas tendências sádicas.
Naquela época, o comportamento cruel e arbitrário contra servos por aqueles no poder era comum.
No entanto, a crueldade de Isabel é notória. Ela não apenas puniu aqueles que violaram as regras, mas também encontrou todas as desculpas para tortura ate a morte suas vítimas.
Ela colocou alfinetes em várias partes sensíveis do corpo da vítima (por exemplo, sob as unhas ou nos mamilos).
No inverno, ele executou as vítimas fazendo-as se despir e andando na neve, jogando água fria sobre elas até que morressem congelados.
O conde Nádasdy morreu em 1604 e Erzsébet mudou-se para Viena depois do enterro.
Ela também passou um tempo em Beckov e Čachtice Manor, onde hoje é a Eslováquia. Essae são os cenarios de seu comportamento mais famoso e depravado.
Nos anos após a morte do marido, a parceira criminosa de Isabel era uma mulher chamada Anna Davlia.
Pouco se sabia sobre a parceria delas, muitas pessoas afirmavam que Davlia era originalmente uma ocultista sábia e temerosa. Alquimista, e praticante de magia negra.
Dizem que Isabel e Anna eram amantes (a bissexualidade da condessa é bem conhecida).
Quando Davlia morreu (por volta de 1609), Isabel se voltou para a viúva de um fazendeiro local, Erzsi Majorova.
Majorova parece ser responsável pela decadência mental de Isabel, incentivando-a a incluir algumas mulheres aristocráticas entre suas vítimas.
Conforme os rumores de suas atividades circulavam, ela passou a ter problemas para recrutar mais jovens como criados, então ela seguiu o conselho de Mallova. Em 1609, ela matou um jovem nobre e encobriu tudo, alegando que cometeu suicídio.
Ao longo de sua sangrenta carreira, Isabel também contou com a ajuda de quatro cúmplices leais: Janos (também conhecido como "Fitzko"), um jovem com transtorno mental que ajudou a esconder os corpos e Usava as ferramentas de tortura.
Helena Jo ama dos filhos de Isabel e enfermeira do castelo, a velha governanta Dorothea Szentos (ou "Dorka"), e a jovem lavanderia Katarina Beneczky, acolhida pela condessa.
No início do verão de 1610, foi realizada a primeira investigação dos crimes de Isabel Báthory.
Porém, o verdadeiro objetivo da investigação não é condená-la, mas sim confiscar seus bens e suspender o pagamento das dívidas pagas ao marido pelo rei Matias II.
Isabel foi presa em 26 de dezembro de 1610. O julgamento começou alguns dias depois e foi conduzido pelo primo de Isabel, o conde Thurzo, cuja condenação foi muito adequada para este caso.
Uma semana após a primeira sessão, a segunda sessão foi realizada em 7 de janeiro de 1611.
Neste caso, foi apresentada como prova a pauta encontrada no Salão de Conferências Isabel, que continha os nomes de 650 vítimas, todos registrados à mão.
Isabel não participou do julgamento. Seus cúmplices foram condenados à morte, e a forma de execução depende de seu papel na tortura: Fitzko foi decapitado e queimado até a morte; Dorka, Helena e Erzsi viram seus dedos serem arrancados antes de morrerem queimados.
Apenas Katarina foi salva, provavelmente porque ela estava profundamente envolvida com um juiz. Isabel foi mantida em confinamento solitário e condenada à prisão perpétua. Ela foi trancada em um quarto no castelo Čachtice sem portas ou janelas.
A única comunicação com o mundo exterior é a pequena abertura por onde passam o ar e a comida. A condessa permaneceu lá pelos últimos três anos de sua vida, A data de sua morte foi determinada sendo 21 de agosto de 1614. Ja que os pratos de alimento foram encontrados intactos.
Não houve provas apresentadas no julgamento, apenas relatos de testemunhas e o registro a mão feito por isabel.
Os cúmplices confessaram os crimes após varias sessões de tortura. E todo assunto sobre o julgamento se tornou secreto. O rei proibiu qualquer menção sobre Isabel e seu julgamento. O que deveria silenciar o povo, mas acabou gerando mais teorias sobre os reais motivos que levaram o rei a silenciar Isabel.
A crueldade da mais bela de todas se tornou tema e fonte de inspiração para livros, filmes, musicais, entre outros.
Ela é a fonte de inspiração para a Madrasta da Branca de neve, um famoso conto dos irmãos green.
100 anos apos sua morte, o padre László Turoczy, encontrou documentos sobre o julgamento e recolheu historias de algumas pessoas da região.
Baseado nisso escreveu um livro onde sugeria que isabel se banhava em sangue.
Após este livro, alguns escritores, tomaram coragem e voltaram a falar sobre Isabel e duas lendas surgiram explicando a sua sede por sangue.
Uma delas diz que uma de suas criadas acidentalmente feriu seu rosto enquanto penteava seus cabelos, Isabel teria agredido a jovem até a morte.
Quando o sangue da garota espirrou em seu rosto ela percebeu que sua pele ficou mais jovem. E isso a tornou obcecada pela juventude eterna.
Outra história diz que enquanto passeava com um de seus amantes, ela foi amaldiçoada por uma bruxa a envelhecer e se tornar repulsiva, o medo da maldição se concretizar e acabar envelhecendo a fez procurar formas de se manter bela e jovem.
Saindo um pouco das lendas existe uma possibilidade que se tornou visível e bastante logica ao longo dos anos.
Isabel era a mulher mais rica da Hungria, o rei lhe devia dinheiro; O poder aquisitivo de Isabel era 2/3 de todo o território húngaro, o que a tornava mais poderosa que o rei e qualquer nobre da região.
Toda essa fortuna tornou Isabel a mulher mais poderosa da época, nunca foram encontradas provas concretas de seus crimes, tudo não passou de falácias sem provas físicas e concretas.
Por causa disso surgiram perguntas: Sera que Isabel não foi uma grande vítima de mentiras? E se os nobres ficaram com inveja de seu imenso poder? E se o fato de até o Rei ter de pagar tributos a ela motivou essa grande caça as bruxas?
Olhando as evidências de formas mais diretas, tudo leva a crer que tudo não passou de uma armação dos nobres para tomar o que pertenceu aquela que foi a mais bela de todas.
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