Quimera Mitologia Grega

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A Quimera na mitologia Grega era uma monstruosidade alada e feroz que cuspia fogo e possuía o corpo e a cabeça de um leão, junto com a cabeça de uma cabra e a cabeça de um dragão, uma cauda de serpente e uma cauda de leão. A breve descrição da Quimera no texto da Ilíada é o primeiro registro desta criatura.

Tradicionalmente considerada como sendo uma fêmea, a Quimera também é apontada como sendo filha dos monstros Tifão e Equidna. Em algumas lendas, a Quimera é descrita como irmã da Esfinge e em outras lendas como a mãe da Esfinge. O monstro era temido e acreditava ter sido um presságio para tempestades, naufrágios e outros desastres naturais.

Conta a lenda que a Quimera era uma criatura semelhante à Hidra e Cérbero, que aterrorizava a região da Lícia. A Quimera destruía constantemente a região, cuspindo fogo pelos campos da Lícia e amedrontando todos os moradores daquele lugar.

Muitas pessoas inocentes eram mortas e carbonizadas pela ira da Quimera, um monstro implacável e raivoso.

Por isso, o rei daquela região, conhecido como Labotes ordenou que o herói Belerofonte se apresentasse a corte para salva a Lícia da maldade da Quimera. Com a ajuda do famoso cavalo alado Pégaso, Belerofonte foi capaz de matar a Quimera e acalmar todos daquela região.

O mito da Quimera: Mitologia Grega

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Os campos da região de Lícia eram famosos além das montanhas e do mar. Dali saiam alimentos ricos e perfeitos para a maior parte da Grécia. Era uma região próspera e calma e o rei Labotes se orgulhava muito daquele reino de sucesso. No entanto, dias sombrios viriam para a região da Lícia com a chegada de um terrível monstro: a Quimera. Aquela criatura era conhecida por lendas distantes, mas não havia chegado tão perto do reino de Labotes.

Foi em um fim de tarde dourado, o sol encostava lentamente nas montanhas ao norte. Os moradores recolhiam os restos da última colheita, o reino estava calmo, Labotes preparava-se para a ceia em família. De repente um estrondo assolou a região e uma rajada de fogo atravessou a Lícia em um piscar de olhos. Era a Quimera! Os moradores gritaram e correram de medo, muitos ficaram pelo caminho e foram carbonizados imediatamente. Os campos foram queimados, a colheita foi devastada, muitas casas destruídas. Labotes correu para a torre e observou arrasado:

– Meu reino! Como pode ser?! Quem destruiria tudo assim com tanta perversidade?

Não demorou muito para Labotes avistar aquela besta gigante: uma cabeça de leão, uma cabeça de cabra, uma cabeça de dragão!

– É a Quimera!!! – Espantou-se o rei. Aquele animal medonho já era falado nos encontros entre os reis da Grécia.

Os soldados já se organizavam nos portões da cidade e mesmo os muros mais altos pareciam não conter a fúria da Quimera. Muitos morreram, muitos perderam tudo, mas poucos conseguiram de salvar. Labotes viu o seu reino de sucesso ser destruído sem motivo pela maldade monstruosa da Quimera. Então começou a pensar em um plano para matar aquela criatura e salvar o seu reino. Lembrou-se das tentativas frustradas do seu exército em parar aquela besta! Enquanto isso, satisfeita pela destruição inicial, a Quimera foi descansar em campos distantes.

No dia seguinte o rei Labotes acordou decidido:

– Preciso de um herói! – E assim mandou trazer uma lista com todos os heróis da região da Lícia e Corinto. No topo da lista estava Belerofonte.

– Ordeno que convoquem este Belerofonte ao reino! – Bradou o rei.

Ao entrar pela primeira vez no castelo, Belerofonte sentiu entusiamos e angustia. Nunca havia visto um lugar tão bonito e grandioso, mas já havia ouvido sobre os problemas do reino com a Quimera e temeu por sua vida. Assim que avistou Labotes, o rei foi logo falando:

– Belerofonte, nosso herói! Eu ordenei a sua apresentação à corte porque preciso de ajuda para matar a Quimera. Sei que você é um homem destemido e corajoso, mas que tem muitas dívidas e pecados com o reino. Pois bem, em troca do perdão dos seus pecados e dívidas eu te peço que mate a Quimera e salve o meu reino!

Com medo de ser morto ali mesmo na sala real e querendo o perdão dos seus erros, Belerofonte disse sim ao rei. E começou a sua jornada de preparação para matar a Quimera. Sabendo que precisaria de ajuda para tal tarefa, Belerofonte orou e depois dormiu no templo de Athena. Ao acordar, viu a deusa diante dele, liderando o cavalo mítico Pégaso, que possuía a capacidade de vôo.

Com Pégaso selado, Belerofonte voou para o covil da Quimera na região da Lícia. Sabendo que a criatura era feroz e não seria facilmente vencida, Belerofonte elaborou um plano. Ele anexou um grande pedaço de chumbo em sua melhor lança e teve a ajuda de Pégaso para alcançar seu inimigo.

Chegando no local onde a Quimera estava, Belerofonte sentiu medo. A criatura era enorme e medonha e suas rajadas de fogo eram certeiras. Quando a Quimera avistou Belerofonte montado no Pégaso, começou uma caçada incansável. Pégaso agilmente desviava dos ataques da Quimera a medida que permitia a aproximação com o monstro. Assim que a Quimera abriu a boca para queimar o herói com sua certeira rajada de fogo, Belerofonte conduziu a lança para dentro da boca daquela criatura, chegando até a garganta. A rajada de fogo ardente que a Quimera soltou naquele momento derreteu a lança e provocou o seu sufocamento e morte.

– Muito bom!! Obrigado pela ajuda Pégaso! – Comemorou Belerofonte. Assim, o cavalo alado levou o seu herói de volta ao reino e retornou para o Olimpo. Belerofonte foi recebido com alegria pelo rei e os seus pecados foram perdoados. A Lícia voltou a ser uma região próspera e a Quimera passou a ser a lenda mais temida de toda Grécia.

Curiosidades sobre a Quimera – Mitologia Grega

A Quimera era considerada um símbolo de mau presságio dentro da literatura mitológica. Apenas ver uma quimera já era considerado sinal de más notícias. Assim, a imagem desta criatura monstruosa ficou associada a tudo o que pode acontecer de ruim. Certos historiadores ainda associam a Quimera a todo mal inventado pela imaginação perversa do homem, já que esta era uma criatura perversa.

Outra curiosidade acerca da Quimera é sobre a sua origem. Os textos literários não apresentam uma conclusão quanto à sua filiação. Por vezes a Quimera é apontada como filha de Equidna e Tifão. No entanto, em outros relatos a Quimera é considerada como filha da Hidra com o Leão de Neméa.

Com o passar dos anos, a imagem da Quimera foi sendo mudada e distorcida, mas sempre mantendo a sua representatividade de algo do mal e muito ruim. Assim, essa ideia de um ser horripilante foi sendo difundido entre as diversas culturas e hoje em dia a palavra quimera poder ser associada a qualquer animal muito feio ou híbrido, como a mistura de diversos animais em um só. Clara referência à natureza híbrida do monstro Quimera.

Fim

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